Um corpo que mergulha em Quissamã
Corpos que caem como chuva dum prédio no Maracanã
Ou da ponte mais alta da cidade....
A covardia do ser? Ou a coragem de ser?
Desejo comum dos corpos que caem.
A palavra de oito letras não cabe no noticiário
Não sai da boca, não entra em discussão
Desejo comum dos corpos que caem.
A palavra de oito letras não cabe no noticiário
Não sai da boca, não entra em discussão
A presença ausência dribla os olhares desinteressados
E corpos caem, pulam, envenenam-se
a doença cresce sem rumo,
Por toda parte, ao nosso redor
E corpos caem, pulam, envenenam-se
a doença cresce sem rumo,
Por toda parte, ao nosso redor
Mas os olhares desinteressados ....
Renata Foli
Renata Foli