“Imagine que seu marido tenha lhe escrito uma carta que deve ser aberta
apenas quando ele morrer; imagine também que essa carta revela seu pior e mais
profundo segredo — algo com o potencial de destruir não apenas a vida que vocês
construíram juntos, mas também a de outras pessoas”.
Sinopse:
Impressões:
Liane Moriarty, em o Segredo
do meu marido, narra a história de diversos personagens que ao que tudo
indica não possuem nenhuma ligação; suas rotinas chegam a ter um continente a
separá-las, porém uma carta escrita para que fosse aberta apenas após a morte
do remetente, muda a vida de todos. A informação carrega o elo.
A autora inicia
o livro com a apresentação de Cecília Fitzpatrick, uma mulher extremamente
dedicada à família. Uma esposa maravilhosa, que cuida muito bem das filhas, do
marido, da casa e da vida profissional. Tudo segue em plena ordem.
No segundo capítulo
conhecemos Tess, uma mulher que vê sua vida perder o rumo;
desnorteada com novos acontecimentos que a remetem ao seu mais triste e antigo
trauma.
Após, aparece Rachel,
mãe de Rob e avó de Jacob, tem uma grande perda que pesa em seu peito, mas
consegue ser feliz, tanto quanto pode ser.... Porém irá descobrir a fragilidade
de sua felicidade com a notícia de uma nova perda.
A escrita Liane
Moriarty é simples e fluida, mas rica no que concerne a construção dos
personagens e a forma pela qual eles crescem e aparecem no texto;
preenchendo-os com tanta vida e caminhos que dificultam ainda mais a previsão
do leitor.
O elo entre eles
parece não existir, mas pouco a pouco Moriarty vai desenredando o fio que liga
os seus personagens e constrói uma imensa colcha. Unida por muitos pontos.
Um pensamento: cada
decisão que tomamos muda não só com o nosso destino, mas com o curso de muitas
outras vidas; por mais que o acaso tente mostrar toda a conexão que nos cerca
continuamos acreditando que a roda-viva segue girando desconexa, e as linhas do
nosso fado enredam cada vez mais neste jogo de azar.
O azar de um é sempre
a sorte do outro e por pouco muito nos acontece, tão rápido, tão ironicamente
previsível, que sua percepção se faz desacreditada.
A colcha
costurada por Moriarty é feita de muitos sentimentos e pessoas; conexões;
amores e desamores; momentos tristes e felizes; famílias e destinos.
A carta aberta...
“A caixa de Pandora
ao ser aberta espalhou todos os males pelo mundo, mas preservou-se em seu fundo
a esperança”
Editora Intrínseca
- Tradução: Rachel Agavino
- Páginas: 368
- Gênero: Ficção
- Formato: 16 X 23
Colaborou Jeferson Mello
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