Quando trabalhamos com público nos deparamos com cada situação!!!!!que nem acreditamos,
devido a grandiosidade da bizarrice.
Dizem
por aí que as crianças e os adolescentes estão cada vez mais mal-educados, e apesar
de saber dos diversos casos de desrespeito dessa faixa etária, seja com
professores, pais, e nos espaços públicos, sei que poucos agem dessa maneira.
Lido com crianças e adolescentes o tempo todo, e a maioria é bem-educada, gentil,
e inteligente o suficiente para compreender as regras do jogo chamado sociedade
e respeitá-las, já alguns adultos só dão dor de cabeça. Esses são os responsáveis
pela pequena parcela de crianças e adolescentes sem noção.
Atualmente trabalho num ambiente público
(Uma biblioteca que tem de tudo, até livro); lá todos são bem-vindos, e quando
falo TODOS são todos mesmo: Moradores de rua, pessoas instruídas ou não,
moradores das comunidades próximas. Todos são tratados com respeito, independente
da classe social, grau de escolaridade, e do motivo pelo qual está na
biblioteca. E são muitos os motivos: Estudo; aproveitar o ar condicionado (compreensível,
vivemos no RJ); acessar o facebook; ver um filme (Alguns nem tem televisão em
casa); descansar numa espreguiçadeira (Alguns nem casa têm); ouvir uma
história; ouvir música; passar o máximo do tempo na biblioteca, já que a vida
lá fora é muito difícil), etc.
Dei exemplos do público frequentador,
e imagino que já tem gente pensando: “Moradores de rua, moradores de
comunidades, esses são os personagens principais do texto. Os adultos
mal-educados que não respeitam o próximo, muito menos o espaço público”. Mon cher, você pensou errado, erradíssimo. Todos
as pessoas pensadas por você me respeitam, respeitam o espaço, entendem o que é
uma fila de espera, entendem que precisam dividir o espaço que é público e para
todos. Já os que se consideram melhores que a mocinha da comunidade, ou mais instruído
que o morador de rua, ou ainda que esse tipo de espaço é apenas para os filhos
de uma camada da sociedade... esses sim são os personagens dessa história:
Adultos que não respeitam o espaço coletivo (obviamente, não estou falando de
todos, mas é um número que me assusta; engravatados, graduados tão sem noção
quanto aqueles adolescentes que citei).
Duas situações chocantes.
Primeira
situação: Um senhor pede para retirarmos uma pessoa da biblioteca. O argumento:
“é um morador de rua, não é justo está no mesmo espaço que eu. Isso é
desrespeito, e blá blá blá”. Evidentemente, não retiramos o rapaz da biblioteca(nem sabemos de fato se erá morador de rua). Esse não estava fazendo nada demais, apenas conhecendo o espaço que é de todos.
Foi explicado ao senhor em questão que o
espaço é público. E como não realizamos o pedido, foi embora.
Segunda
situação: Um senhor deseja assistir filmes com seus filhos. Até aí ok. Porém, não
quer respeitar a fila de espera, nem as regras do setor. Segundo ele, tenho
dois filhos, logo eles podem ficar na cabine por até quatro horas (tempo
aproximado de dois filmes). Explicamos, “aqui não funciona assim, como o senhor
pode constatar há uma fila. Seus filhos não podem assistir dois filmes
seguidos, isso seria desrespeitar as pessoas que aqui estão”. “Mas, isso não é justo, vou reclamar com a supervisão,
com a administração etc etc”.
Mon
Dieu!!!Não é justo respeitar o espaço público, as regras... Seus filhos, que
estão mais arrumados têm mais diretos que os outros?
Por mais que tenhamos paciência, expliquemos,
haverá pessoas que fingem não compreender pois são arrogantes demais, preconceituosas e todos os piores adjetivos que não usarei aqui. Os filhos que sofrem,
já que terão uma péssima educação. Deveria haver uma lei que punisse esse tipo
de adulto: Educou mal seus filhos e você é um mal educado? Ficará horas
tentando compreender que você é um ignorante, desprezível e arrogante, que precisa aprender a respeitar as pessoas. E se não
der certo. Poderiam puni-lo, prendê-lo....Sei lá, faze-lo acordar. Será que
essa altura do campeonato ainda é possível?
#adultosmaleducados#ignorantes#rudes#desprezíveis#desrespeito#espaçopublicoeprivado#vamosensinalosarespeitar#ética#
Renata Ferreira
Renata Ferreira
Eu já trabalhei numa livraria, e por acaso sempre quis trabalhar numa biblioteca por pensar que sem o agravante do "tô pagando" os visitantes seriam mais agradáveis. Que coisa, gente...
ResponderExcluirTambém trabalhei em livrarias, mas não importa o local, seja livraria biblioteca, pessoas são igualzinhas. Arrogantes serão arrogantes em qq lugar. Triste realidade!!
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